Eu sou expoente da corrente migratória. Aos 10 anos de idade, em um pequeno minifúndio, na serra gaúcha, deixei a família e fui estudar no juvenato. Sempre tive a certeza, quando criança, e a tranquilidade de que eu deveria buscar meu caminho no mundo urbano. Passaram-se anos e, hoje, a tranquilidade me é fugaz em muitos momentos. Do senso crítico que desenvolvi, se é que o possuo, concluo que o mundo urbano se tornou violento e a solidão encontrou um terreno fértil mesmo na coletividade. Ela, a solidão, se apossou de muitas almas.
Procuro eu, então, me afastar desta linha tênue que separa a profusão de cores da vida dos fundamentos e solidez do mal que aflige a sociedade.
O ato de criar corrige a rota e volta a tranquilizar meu espírito, traduzindo minha eterna busca pela sensibilidade. São, apenas, fragmentos do Dionísio.
Técnica: Acrílica s/Tela, 50 x 80cm,2016, de minha autoria, Porto Alegre/RS/Brasil.
Primoroso.
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